Curiosidade, irreverência e talento puro moldaram Porfírio Mendes no escultor popular de cortiça que é hoje, sem nunca ter posto os pés numa escola de arte formal. Nascido em 1967, em Barcelos, começou a trabalhar na construção civil aos 14 anos e acabou por construir a casa onde ainda vive. A partir daí, começou a esculpir miniaturas de edifícios em pedra com mecanismos intrincados, que davam um toque encantado e divertido ao bairro. Mas foi apenas em 2013 que descobriu a cortiça como matéria-prima das criações que o tornariam um artista singular.

Começou a recolher rolhas de cortiça em restaurantes e a construir galos, diabos, santos, bruxas e muito mais, usando apenas uma faca, lixa e cola. E, claro, tinta - já repararam nas cores extravagantes? É um trabalho naif e bem-humorado, cheio de encanto e nostalgia, uma homenagem à imagética popular da região.

A família está sempre ao seu lado: a filha Adriana trata da sua presença online e a mulher é a parceira de uma vida. A primeira exposição individual de Porfírio, realizada no Posto de Turismo de Barcelos em 2024, nomeou-o “um artesão de alma e coração”. Continua a trabalhar na construção.

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