Enterrado na terra, antes que Napoleão pudesse encontrá-lo.
Quando se tratava de beber um copo de vinho, parece que Napoleão dificilmente se aventurava para além do seu familiar Borgonha tinto. Mas, no que toca a conquistar impérios, era conhecido por ir um pouco mais longe.
Foi assim que o seu exército chegou à pequena localidade da atual vila de Boticas, em Trás-os-Montes (Portugal), durante a segunda invasão francesa, em 1809.
O curioso é que, mesmo que o imperador tivesse sido um exímio sommelier, não teria encontrado as garrafas que os habitantes locais produziam. Porque tinham sido escondidas. Mais do que escondidas: enterradas. Imaginam? Mesmo debaixo dos seus pés.
Um dos bens mais preciosos do povo repousava sob os solos graníticos até estar a salvo; escapando às pilhagens e fermentando no escuro, sob temperaturas constantes. Foi assim que recebeu o nome de Vinho dos Mortos. Mais tarde, quando desenterraram as garrafas e as abriram para celebrar a boa morte, descobriram que o vinho tinha adquirido propriedades únicas e inesperadas: baixo teor alcoólico e uma subtil efervescência.
Agora aqui estamos nós, mais de 200 anos depois, com uma produção anual muito, muito pequena de garrafas numeradas.
Santé.
Tipologia > Tinto
Ano da Colheita > 2024
Castas > na sua maioria Bastardo, Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca
Altitude > 500 metros
Produção > garrafas de 750 ml, numeradas - Lote 1 de 2.666 garrafas e Lote 2 de 2.933 garrafas
Diâmetro > 9 cm
Altura > 27 cm
Armazenamento
As garrafas de vinho devem ser armazenadas na horizontal, em local fresco, escuro e estável, sem variações de temperatura.
A temperatura não deverá ultrapassar os 24 °C.
O espaço deve ter boa ventilação, baixa humidade e estar livre de vibrações.
Modo de servir
Para uma melhor degustação, recomenda-se servir a uma temperatura de 15 °C.