O barro selvagem simpatiza com este Diabo.
A partir da sua oficina em Leiria (Estremadura, Portugal), a Andreia Pinho refugia-se da humanidade para explorar o seu lado mais bizarro e grotesco através do barro selvagem.
Barro selvagem significa que Andreia não se limita a comprar a sua matéria-prima ou a encomendá-la online. Colhe-o à mão como uma jóia escondida nos sete cantos de Portugal, aventurando-se em locais secretos que nunca sonhámos que existissem.
Então, que criatura é esta? Diabo (informal). Pessoa desordeira. Criança malcriada. Esta é a tradução de um dicionário português para esta palavra extraordinária: Mafarrico. Mas não estamos satisfeitos com ela. Perde-se a essência na tradução.
O som da palavra original é arranhado, inesperado, rude, divertido, e remete para a mitologia rural e para todos os miúdos que vimos serem batizados como mafarricos. Talvez até nós próprios. Talvez até a Andreia, a ceramista demiúrgica que cria a partir da terra e do fogo. Claro, também recorre à água e ao ar para arrefecer as peças.
A Andreia gosta de Lynch e Jodorowski, que não são exatamente as referências que estamos habituados a associar a uma arte tão tradicional, tranquila e discreta como a figuração ou olaria. Para todos os cinéfilos, o orgânico e o grotesco denunciam-na. Quem disse que a arte tem de ser confortável? Ela é o mais próximo que existe de uma ceramista punk.
Bizarro. Demoníaco. Único. Há certamente uma palavra inglesa para mafarrico, mas a escultura da Andreia fala por si, de Leiria para qualquer parte do mundo.
Diâmetro > 11 cm
Altura > 21 cm
Manuseamento
Devido à natureza única e artesanal desta peça, manuseie-a com cuidado para evitar embates ou quedas acidentais. Evite mudanças bruscas de temperatura, pois isso pode causar fissuras.
Armazenamento
Se utilizada para fins decorativos, utilize um pano de algodão seco ou uma escova macia para remover o pó.
Guarde num local seguro onde esteja protegida de possíveis impactos.