A afinação da música popular portuguesa.
A primeira vez que Diogo Valente construiu um instrumento de cordas sozinho - depois de apanhar cepos de madeira à beira de um forno industrial - estava sentado na varanda da sua casa com uma mão-cheia de ferramentas genéricas e ideias mal cozinhadas. O resultado produziu um som bastante medíocre, mas a sua vocação ecoou mais alto: queria melhorar e fazer isso para o resto da sua vida.
A partir de um propósito, esculpiu talento. Do talento, esculpiu dedicação.
Aos 29 anos, com aprendizagem autodidacta e a partilha de experiência e conhecimento de José Gonçalves - que considera o seu mestre com mais de 30 anos de experiência, dominou o seu ofício e tornou-se um jovem prodígio nacional. Hoje, podemos pensar nele como a estrela rock do fabrico de cordofones, que é exatamente o oposto de uma estrela rock. Vive na quietude. A solidão é o seu maior sucesso. Só é conhecido no nicho dos músicos (profissionais ou de lazer). Demora um mês e meio a terminar um instrumento. Estamos a falar a sério - não encomendem se estiverem com pressa.
A Viola Campaniça, da gama de luxo, é uma obra de arte em permanente reinvenção: desde o momento em que é construída até ao momento em que é tocada, corda após corda, nota após nota, ano após ano.
É feito para durar. É algo que todos os proprietários de um instrumento Valente sabem: irá muito provavelmente sobreviver-lhes. Faz parte da sua beleza.
Comprimento > 90 cm
Largura > 30 cm
Altura > 10 cm
Manuseamento
Devido à natureza única e artesanal desta peça, manuseie-a com cuidado para evitar embates ou quedas acidentais.
Armazenamento
Se utilizada para fins decorativos, utilize um pano de algodão seco ou uma escova macia para remover o pó.
Guarde num local seguro onde esteja protegida de possíveis impactos.