Uma escultura de barro que é um absoluto acto de criação.
A ideia de que a humanidade nasceu do barro tem lugar em muitos mitos e religiões antigos, desde as mitologias mesopotâmica, grega e chinesa, ao Antigo Egito, ao Cristianismo, entre outros. Quer sejamos religiosos ou não, parece-nos uma metáfora poética e poderosa.
Esta escultura em barro chama-se Parideira e é uma homenagem ao ato do nascimento. O nascimento da carne, é certo, mas também podemos vê-lo como o nascimento de uma ideia ou de um sentimento. Como qualquer grande obra de arte, dirá coisas diferentes a pessoas diferentes, em alturas diferentes das suas vidas. O barro e a alma, a alma e o barro. De Barcelos (Minho, Portugal).
O exímio oleiro António Ramalho é bisneto de Rosa Ramalho, uma das mais populares oleiras portuguesas até aos dias de hoje, tendo moldado as populares figuras de barro de Barcelos ao longo do século XX, o que deixou a António uma necessidade consciente de se distanciar um pouco do seu legado e fazer algo exclusivamente seu.
Apesar da tradição religiosa das figuras, António está mais virado para o profano. E ele faz-nos adorar o bizarro. Não é bizarra a vida, de vez em quando? Os humanos não são bizarros aqui e ali? As cores líquidas e a textura vítrea tornaram-se algumas das suas marcas mais singulares.
Parideira, um absoluto ato de criação.
Diâmetro > 10 cm
Altura > 27 cm
Manuseamento
Devido à natureza única e artesanal desta peça, manuseie-a com cuidado para evitar embates ou quedas acidentais. Evite mudanças bruscas de temperatura, pois isso pode causar fissuras.
Armazenamento
Se utilizada para fins decorativos, utilize um pano de algodão seco ou uma escova macia para remover o pó.
Guarde num local seguro onde esteja protegida de possíveis impactos.